Notícias, informação e debate sobre as queixas em saúde, nomeadamente quanto à negligência médica e erro médico em Portugal.
11.9.10

Público e privado juntos não dão resposta a doentes

 

Relatório da ERS conclui que ainda há pouca liberdade de escolha e oferta que não chega para a procura.


Sector público e privado juntos não têm consultas com médicos de família suficientes para responder às necessidades dos doentes. Em 10 dos 18 distritos portugueses, a realização de consultas não chega para a procura, afectando a liberdade de escolha da população. Os dados integram o relatório Caracterização do Acesso dos Utentes a Consultas de Medicina Geral e Familiar, realizado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Depois do relatório de 2009 sobre os cuidados primários no SNS, o organismo publica agora os dados sobre o sector privado e analisa dos resultados da conjugação da oferta, bem como a resposta e avaliação dos doentes, neste caso tendo em conta os dados de 83 unidades.

Para definir a capacidade de realização de consultas no público e privado, o organismo cruzou o número de médicos por 10 mil habitantes com a proporção de indivíduos com mais de 64 anos no total da população. Tal como as crianças, são a franja que mais recorre e precisa destes cuidados. No entanto, as crianças e jovens foram excluídas porque "recorrerão tipicamente a consultas de pediatria", justifica a entidade.

Évora foi o único distrito do País com uma capacidade alta de consultas. Vila Real, Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Bragança, Leiria, Santarém e Portalegre ficaram no grupo com oferta baixa. Se se considerar só a oferta privada, há 13 nessa situação.

Álvaro Almeida, presidente da ERS, disse ao DN que "estes dados mostram, essencialmente que ainda há dificuldades de acesso. Não quer dizer que não haja oferta, o acesso é que não é tão facilitado e a procura não está ajustada à oferta", refere. Apesar de não terem sido deixadas pistas para resolver o problema, o responsável admite que "seria desejável que houvesse um ajuste. Cria desigualdades entre as populações", alerta.

Os números são bastante melhores se só for tida em conta a proximidade dos cuidados às populações. Existem sete distritos onde a oferta é menor e mais desajustada face à população, mas há três (Porto, Castelo Branco e Portalegre) em que a liberdade de escolha e oferta é maior.

Neste relatório, Álvaro Almeida mostrou-se surpreendido com o facto de as desigualdades não se sentirem apenas no sector público ou no interior do País: "Há problemas de acesso em todas as regiões, no litoral ou interior. Isso espelha-se no facto de Évora ser o distrito com maior oferta".

 

Link: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1660139 

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link do postPor Inconformado, às 23:35  comentar

 

Relatório sobre o Acesso ao Serviço Nacional de Saúde aponta muitas falhas na obrigação de informar os utentes sobre quanto vão esperar quando procuram um consulta.


Espera-se muitas vezes demais por consultas da especialidade, mas ainda não se sabe qual a dimensão dos atrasos. A conclusão é retirada do primeiro Relatório sobre o Acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), que reúne os dados de todos os hospitais e centros de saúde públicos do país.

O documento aponta ainda muitas falhas na obrigação de informar os utentes sobre quanto vão esperar quando procuram um consulta.

Uma lei de 2008 diz que nenhum utente deve esperar mais de seis meses por uma consulta de especialidade, prazo que é de 30 dias em casos urgentes.

Por falta de dados, o relatório não diz quanto tempo esperaram os utentes que em 2009 viram estes prazos ultrapassados, mas diz que 28% tiveram lugar depois do prazo máximo que a lei define.

A título de exemplo, foram sete mil as consultas de Ginecologia fora de prazo e 35 mil as de Oftalmologia.

Apesar da demora e à excepção da Saúde Infantil, que se manteve, o número de primeiras consultas nos hospitais até aumentou, tal como as cirurgias que, em regra, também viram reduzido o tempo médio de espera. Ressalva-se, no entanto, que também diminuiu o número de pessoas inscritas para operações.

O relatório deixa claro que há ainda muito a fazer no que se refere ao direito dos utentes a serem informados. Só um quinto das 127 instituições analisadas cumpre a lei que as obriga a afixarem os tempos de resposta garantidos.

Metade nem sequer estabeleceram esses prazos para o ano passado. Os tempos de resposta garantidos também deveriam ser disponibilizados na Internet, mas a maioria dos agrupamentos de centros de saúde, bem como alguns hospitais, respondem que sem sequer têm site na Internet.

 

Link: http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=119675 

link do postPor Inconformado, às 10:52  comentar

 
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